segunda-feira, 19 de junho de 2023

 




“E ele que nos conforta em todas as nossas tribulações , para podermos consolar os que estiverem em qualquer angustia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Cristo”

        I Corintios 1:4

 

Há muito tempo atras conheci uma irmã querida de coração gigantesco que realizava um trabalho de capelania hospitalar no hospital em que eu trabalhava. Viúva e com uma missão de amparar viúvas que como elas passaram por esse momento tão triste em suas trajetórias.

Viúvas cuidando de viúvas.

Uma mulher que ao ser consolada por Deus se deixou ser usada para levar consolação a outras mulheres em suas angústias.

Assim como Oneida, hoje existem muitas mulheres que utilizam suas maiores batalhas e tragédias como testemunho ao ensinarem outras a vencerem seus gigantes nesta imensa guerra que é a vida.

A bíblia conta a história de uma família que ao fugir da fome em Belém, acaba indo parar em uma cidade longe de sua família e de seus costumes, para começar um novo tempo. Seu novo destino era Moabe, povo nômade que tinha sua descendência vinda de um incesto cometido por uma das filhas de Ló ao se deitar com o pai bêbado. Sim, naquela época também acontecia essas coisas. Daí surgiu esse povo que apesar de ter como parentes o povo Hebreu eles não seguiam os mesmos costumes e orientações de Moisés, vivendo atras de deuses estranhos e seguindo caminhos diferentes do povo de Deus.

Elimeleque, Noemi e seus dois filhos deixam para trás seu povo em busca de uma nova história.

Como toda história tem os seus de repentes, Noemi acaba ficando viúva com seus dois filhos que se casam com duas moabitas.

Noemi agora, uma mulher viúva cuidando de seus filhos e noras numa terra nada parecida com a terra do seu povo. Que tarefa difícil.

Dez anos se passam e um novo de repente acontece onde nossa personagem se vê sozinha com suas duas noras. A morte de seus filhos vem para completar a trajetória desta mulher.

E agora?

Três viúvas.

Três mulheres sozinhas, onde aparentemente suas histórias parecem ter sido rompidas.

Três sonhos de família deixados para trás.

Por que isto estava acontecendo?

Consigo escutar o choro das mulheres molhando seus travesseiros.

Onde estava Deus neste momento?

Agora restou uma viúva cuidando de duas viúvas.

Uma mulher que apesar de estar distante de seu povo sabia o Deus que servia.

Uma Isabel cuidando de duas Marias.

Só que nesta história não havia nenhum bebê sendo aguardado.

Não havia nada sendo gerado visivelmente.

Só havia três mulheres sem descendência, sozinhas. Luto.

E havia um Deus que fala com seu povo.

Um Deus que não desampara e que mostra que ainda há esperança.

Noemi ouviu o chamado de Deus. Precisava voltar para Belém, que significa “a casa do pão”.

Lá havia alimento para o corpo, para sua alma cansada e para seu espírito.

Tinham que tomar uma decisão.

Noemi sabia para onde deveria ir. Mas não podia obrigar Rute e Orfa a seguirem o mesmo caminho.

Era hora de decisão.

Era hora de decidirem seus rumos.

Como Isabeis jamais devemos obrigar as Marias a tomarem qualquer decisão que seja. Somente orientá-las. Mostrar o caminho.

Pregamos sobre a cruz, mas a decisão deve partir do coração que escuta o chamado.

Noemi sabia disso.

E com o coração cansado, amargurado, angustiado, arruma suas coisas para partir .

Ela sabia para onde deveria voltar. A casa do Pão a esperava de braços abertos como o pai aguardava a volta do filho pródigo.

Noemi agora se denominava Mara.

De doce para amarga.

Mas o lindo nesta história é que mesmo se sentindo amarga ela sabia para onde deveria ir.

Só havia um lugar onde tudo poderia mudar.

A casa do Pão. Sua cidade de refúgio. Seu povo. Sua história. Seu Deus.

Orfa até pensou em seguir Noemi mas acabou resolvendo ficar com seu povo.

Era direito dela.

E Rute decidiu partir com Noemi.

Maria procurando Isabel.

Rute acompanhando Noemi.

Não havia bebês.

Havia uma esperança de que lá encontrariam as respostas que procuravam.

Duas viúvas chegando na Casa do pão e um Deus lindo preparando cada detalhe da chegada dessas mulheres. Era tempo de colheita. Tempo de renovo.

O trabalhar de Deus em meio a amargura de um coração ferido pelas circunstâncias.

A história de Rute todos conhecem.

A moabita que decidiu ir para a casa do Pão.

A moabita que encontrou seu resgatador: Boaz.

E você?

De onde você é?

Qual a sua história?

Está viúva?

Está sozinha?

Está com medo?

Será que é uma mulher que conheceu a casa do pão, mas por alguma circunstância se afastou da casa e foi buscar refúgio em outros lugares e agora se vê perdida e sozinha?

Rute não imaginava que sua decisão de acompanhar sua sogra Noemi mudaria não só sua história, mas também a do povo de Israel.

Decisões.

Rute tomou a dela.

Saiu de onde estava. Ouviu a voz de sua Isabel.

Ouviu a voz de Deus a chamando para ir para Belém.

A casa do Pão.

Encontrou seu resgatador.

O Pão vivo que desceu do céu.

Jesus o nosso resgatador.

Hoje ele nos chama.

Chama mulheres amargas como Noemi ou esperançosas como Rute.

“-Venham para a Casa do Pão.”

Jesus nos chama para caminhar com Ele.

Jesus é o Pão da vida.

Ele quer mudar nossa história.

Ficou curiosa para saber a história final de Rute?

Ela se tornou a bisavó de um grande homem. O homem segundo o coração de Deus.

Davi. O maior rei de Israel.

Deus também quer mudar sua história.

O chamado hoje é crer com o coração e confessar com a boca que Jesus é o Senhor.

Aceite o chamado.

Há uma nova história a ser escrita por Deus para você.

 

 

 

 

 

 

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