segunda-feira, 26 de junho de 2023

 

E disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.
Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim.
E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a ver o teu santo templo.

Jonas 2:2-4

 

A semana que passou muito se falou sobre o caso do submarino que desapareceu após uma expedição para ver os destroços do Titanic. O fim destes cinco homens foi trágico. Implodiram juntamente com a embarcação. Que triste.

Há uma busca interna em todo homem quando se fala sobre o desconhecido. Aquilo que não podemos tocar nem ver salta em corações que clamam ansiosamente por algo que os preencha.

Haja vista milhares de histórias de homens querendo ser como Deus, homens que buscam a juventude eterna, até congelamento de corpos buscando vida além do normal.

Como o coração do homem caído é semelhante a serpente no Éden. Coma da fruta porque assim você será como Deus.

Assim também acontece conosco meros mortais. Todos os dias corremos como loucos para sermos como a sociedade dita que devemos ser, e com isso os corações acabam se afastando mais do criador.

Há duas histórias na Bíblia que gostaria de compartilhar que fala de homens que também buscavam cumprir o desejo de seus corações e acabaram indo parar nas profundezas do mar.

A primeira fala do povo hebreu que sob o comando de Moisés saem do Egito rumo a terra prometida. Um dos maiores milagres citado na Bíblia. Uma multidão que atravessa a seco o mar vermelho, pisando nas profundezas do oceano para serem libertos da escravidão de Faraó.

Que tremendo deve ter sido para estes homens e mulheres que viram de perto esta maravilha.

Os milagres nos cercam todos os dias. Mares vermelhos são abertos todos os dias que nos mostram a grandiosidade do nosso Deus.

E os dias passados fizeram o povo se esquecer do milagre e sentir falta das cebolas. As cebolas eram sua maior queixa. Estavam com saudades delas. Quem é que gosta tanto assim de cebolas? Rsrs

O maná já não bastava. Tirar água da pedra também não. Até um bezerro de ouro construíram achando que Moisés não voltaria mais.

Homens que haviam atravessado as profundezas do mar com a promessa de uma nova terra longe da escravidão agora reclamavam por cebolas.

Ah, o coração da humanidade ....

Corações que podem ser livres das amarras do diabo, mas que continuam todos os dias a voltar para o Egito atras de cebolas. Vidas que anseiam ser felizes a todo custo mesmo que isso lhes custe uma eternidade no inferno.

E o fim destas pessoas que saíram do Egito foi perder a oportunidade de ver a terra que tanto ansiavam, tirando as crianças juntamente com Josué e Calebe que puderam entrar na terra.

A outra história fala de um profeta que recebeu de Deus a incumbência de falar a palavra de destruição para um povo que vivia longe do Eterno. Nínive estava submersa em sua malicia.

Jonas fugiu. Não quis enfrentar o povo da cidade. Não quis obedecer a Deus. Achou que podia simplesmente deixar tudo e ir viver uma vida pacata. Não estamos falando de um homem qualquer. Falamos sobre um profeta. Os profetas eram respeitados como autoridades naquela época mesmo por aqueles que não seguiam a Deus.

Jonas embarcou numa viagem com destino a uma cidade que ficava longe demais para ele cumprir seu chamado.

E o barco começou a naufragar. Por causa de Jonas vidas seriam perdidas e seriam lançadas nas profundezas do mar. A história acredito que todos já ouviram. Quando descobriram que a culpa daquela situação era de Jonas o lançaram ao mar e ele acabou parando na barriga de um grande peixe.

Um homem fugindo de Deus nas profundezas de um oceano.

A diferença entre Jonas e os homens do submarino era que Jonas teve sua segunda oportunidade. Nem todos possuem segundas oportunidades. Não sabemos os porquês, mas Deus que é soberano o sabe.

Esta pode ser a sua história.

Você pode ser Josué e Calebe entrando na terra prometida, ou pode ser Jonas saindo do peixe para cumprir seu chamado. Pode ser também o povo obstinado por cebolas ou pessoas que vivem suas vidas acreditando que o passado pode dar algum significado como aqueles que foram atras de destroços.

Quem você é?

Pela manhã antes de escrever este texto, nas minhas orações pensei o quão maluco é o chamado de Deus. Ezequiel fala sobre nos lançarmos nas profundezas do Espirito para chegarmos mais perto de Deus. Nos lançarmos sem reservas, deixando o velho home para trás.

E quanto mais mergulhamos mais subimos a montanha rumo as regiões celestes para encontrar com Jesus.

Que loucura!! Como subir a montanha mergulhando nas profundezas?

Sim, a palavra de Deus é loucura para os que perecem, mas é o poder de Deus para aquele que crê.

As águas do Espírito trazem cura para nossa alma ferida. Trazem refrigério para nosso coração cansado. Trazem um novo tempo para uma alma que vagava perdida num mundo corrompido pelo mal.

Que tipo de águas você tem mergulhado?

Águas que cobrem os tornozelos? Estar com Cristo só quando lhe convém mas com o corpo totalmente nas coisas do passado.

Águas que cobrem os joelhos? Posso andar um pouco, mas não quero perder o controle da minha vida. Assim que precisar eu saio desta água.

Águas que cobrem os lombos? Consigo ir mais um pouco sempre.

Ou as águas mais profundas deixando que o Espirito te lave, te cure e te transforme na presença de Deus para uma nova história?

O povo não entendeu o passar palas profundezas do oceano a seco e queriam voltar.

Jonas não entendeu que não podia fugir da presença de Deus.

Os homens do submarino com todo seu dinheiro não observaram onde estavam se metendo num projeto tão mal construído e sem garantias.

Deus hoje quer te dar uma nova oportunidade como fez com Jonas.

Deus quer que no mergulho nas águas profundas você possa subir mais um passo rumo a eternidade com Cristo nas montanhas.

Mergulhe na presença do Pai. Leia a palavra. Ore. Adore.

Você verá como é maravilhoso o caminhar sem reservas com nosso Pai.

 

Em Cristo

 

Isabel Ferreira

 

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