segunda-feira, 21 de junho de 2010


No Inverno - Charles H. Spurgeon

“Tu estabeleceste todos os limites da terra; verão e inverno, tu os fizeste”. Sal. 74:17

Ó minha alma, faz por começar este inverno com teu Deus.

O frio da neve e os ventos cortantes nos fazem lembrar que Ele até ao dia de hoje mantém rodo o Seu concerto connosco também, noite após dia sem parar.

Assegura o teu coração que Ele manterá todo o Seu concerto que fez contigo em Cristo também – é o mesmo Deus.

Ele é sempre fiel à palavra que fez sair a teu respeito nesta revolucionária sociedade na qual nos encontramos, dentro do seu mal-estar nauseabundo.

É neste mundo poluído que Ele prometeu estar contigo.

Se te custa aqui estar, mais custa a Ele, sendo Ele quem o criou. Ele não será infiel às Suas próprias promessas, as que fez em Cristo Jesus.

Vindo cá ter contigo faz com que recorde com dor toda a Sua criação, agora emancipada e viciada no pecado.

O inverno de alma nunca pode ser uma coisa leve, feita para nos agradar. É de esperar que seja razão para te sentires magoado e esfriado.

Mas existe um pleno conforto: foi o próprio Deus quem criou o inverno.Ele envia aquelas brisas cortantes de adversidade para que ansiemos pelos rebentos da primavera, rebentos de expectativa.

Ele envia a geada e a neve como cinzas sobre a antes verdejante campina. Ele envia seu gelo congelante para que nem os rios façam correr suas águas poluídas pelo decorrer de todo este mundo mais.

Ele tudo faz, pois é Ele, o Próprio dono e Rei de todo o inverno – também. Ele gere e governa todas as esferas da neve e é por essa razão que não podes murmurar mais.

Todas as perdas, todas as tuas cruzes, pobrezas e doenças, muitos e diversos males em ocasiões pouco propícias, são sempre enviadas com Seu aval e virão sempre até nós para nos testar, para que estejamos alertados à queda e à exaltação.

Pode tudo ser um mero desígnio sabiamente escolhido.

A neve mata e extermina insectos prejudiciais, elimina bactérias nocivas que amarguram toda a tua alma quando entram em ti.

É por essa razão, maioritariamente, que tua alma é sempre doce, pois todas as bactérias da amargura pereceram sob o frio do Seu gelo que mandou.

Logo, a primavera despertará um novo sentido de viver e te alegrarás em teu Deus sem pensar mais em ti do que aquilo que podes e deves, deixando essa tarefa para Ele, para quem sabe pensar em ti noite e dia, enquanto dormes e enquanto estás acordado e despertado.

Permite que cada problema te faça aproximar mais de quem te fez homem ou mulher – não temas mais.

Vistamo-nos de nossas roupas especiais de inverno, de fé e amor sem fim, da lã de carneiros e prossigamos sabendo que em breve tudo isto terminará – em bem!

Que as Suas promessas escritas nos sirvam de agasalhos quentes. Nada nos faltará, por certo. Vamos então todos segurar o arado que está em nossa próprias mãos ainda, prossigamos com toda a obra que nos foi diligentemente destinada.

Se falharmos em algo, todo o resto do corpo sofrerá dano também.

Deixa de lado essa preguiça de inverno, de medo do frio e prossegue para todo o resta da vida que pode ainda levar para uma que nunca mais termina.

Se não trabalhares agora, teu verão será de fome, pois não terás o que colher.

Levanta-te agora e anda, em nome de Jesus de Nazaré.

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